domingo, 26 de dezembro de 2010

Noite de Chuva
Uma noite de chuva
na terra do calor e da dor
de gente sofrida, que come pão dormido
mas acorda feliz, por amor a vida

Dias de chuva no meu sertão
alimenta a fartura e abriga os famintos
deixa o ser frente a frente com a vida
recordações que buscam a ilusão

barulho de chuva, terra molhada
alegria para seu José e Dona Maria
muita fartura na roça de seu Josias
sorriso sem dente, brava gente

cai água no meu sertão
cai lentamente, porque seu povo é paciente
não demora o amanhecer
vai brotar milho na fazenda
os moleques vão nadar no rio
e encher a pança
com comida feita em fogão de lenha

chuva fininha na madrugada
um cigarrim e um cafezim
lembranças da infância
fazenda, Vovó e Vovô
frango caipira na panela
abraço aconchegante
camisa tecida pela velha
hoje nasce uma criança

Sandra Zuba

Um comentário:

  1. amiga sua poesia é algo de muito original, sua forma de escrever é muito sua, muito propria e de um nivel pouco vulgar, bem aja querida e continue porque sua linguagem é única e de nivel muito grande, um beijo grande deste amigo Portugues, adoro sua escrita!

    ResponderExcluir